IMPLEMENTATION OF ERGONOMICS PROGRAMS TO REDUCE MUSCULOSKELETAL INJURIES IN INDUSTRIAL WORK ENVIRONMENTS
Daniel Mendonça Peixoto 1
Jardel Claudino Pereira Santos2
RESUMO
A implementação de programas de ergonomia nas indústrias é fundamental para melhorar a saúde e a segurança dos funcionários. Este estudo examinou a eficácia dessas práticas em um ambiente industrial durante 30 dias, de junho a julho de 2024. Os resultados mostraram que as lesões musculoesqueléticas diminuíram significativamente, a produtividade aumentou, os custos operacionais diminuíram e a satisfação dos funcionários aumentou. Em particular, a taxa de lesões diminuiu de 13% para 7,5%; a produtividade aumentou em 22%; e a satisfação dos funcionários aumentou de 68% para 88%. Essas descobertas mostram que as práticas ergonômicas não apenas aumentam a segurança e o bem-estar dos funcionários, mas também geram grandes benefícios financeiros e operacionais. A aplicação de princípios ergonômicos mostrou ser uma estratégia eficaz e necessária para criar ambientes industriais mais seguros e produtivos.
Palavras-chave: Ergonomia, Ambiente industrial, Segurança no trabalho, Lesões musculoesqueléticas, Produtividade, Custos operacionais
ABSTRACT
The implementation of ergonomics programs in industries is essential to improve the health and safety of employees. This study examined the effectiveness of these
practices in an industrial setting over 30 days from June to July 2024. Results showed that musculoskeletal injuries significantly decreased, productivity increased, operating costs decreased, and employee satisfaction increased. In particular, a late injury rate of 13% to 7.5%; productivity increased by 22%; and employee satisfaction increased from 68% to 88%. These findings show that ergonomic practices not only increase employee safety and well-being, but also generate major financial and operational benefits. The application of ergonomic principles has proven to be an effective and necessary strategy to create safer and more productive industrial environments.
Keywords: Ergonomics, Industrial environment, Occupational safety, Musculoskeletal injuries, Productivity, Operating costs
1. INTRODUÇÃO
A implementação de programas de ergonomia nas áreas de trabalho industriais é uma prática fundamental para melhorar a saúde e a segurança dos funcionários. O campo da ergonomia estuda e maximiza as condições de trabalho para que as pessoas possam trabalhar de acordo com suas habilidades e limitações. A prevenção de lesões musculoesqueléticas pode ser vital em ambientes industriais, onde as atividades frequentemente incluem tarefas repetitivas, levantamento de cargas pesadas e posturas inadequadas. Os funcionários que fazem movimentos repetitivos ou permanecem em posições desconfortáveis são mais propensos a sofrer essas lesões, que afetam músculos, tendões, ligamentos e nervos. Assim, a ergonomia contribui não só para a prevenção de acidentes e doenças no trabalho, mas também para a criação de um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.
A justificativa para a implementação de programas de ergonomia em ambientes industriais é forte e multifacetada. Primeiro, a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores é um benefício direto e indiscutível. Trabalhadores saudáveis e satisfeitos são mais produtivos, levando a uma redução significativa nas taxas de faltas por doença no trabalho. Além disso, um ambiente de trabalho seguro e saudável promove a eficiência dos colaboradores e, portanto, a produtividade geral da empresa. A redução dos custos associados a tratamentos médicos e baixas por doença é também um fator importante, aliviando os encargos financeiros do negócio e permitindo o reinvestimento noutras áreas core. Desenvolver uma cultura organizacional focada em saúde e segurança é essencial para o cumprimento das normas regulamentadoras e da legislação trabalhista, além de melhorar a imagem da empresa junto aos stakeholders.
Esta abordagem integrada não só reduz os acidentes e as doenças no trabalho, mas também melhora o bem-estar e a satisfação dos trabalhadores, conduzindo a um aumento da produtividade e da qualidade do trabalho. Assim, a ergonomia não só contribui para a prevenção de acidentes e doenças no trabalho, mas também. também para criar um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.A justificativa para a implementação de programas de ergonomia em ambientes industriais é forte e multifacetada. Primeiro, a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores é um benefício direto e indiscutível. Trabalhadores saudáveis e satisfeitos são mais produtivos, levando a uma redução significativa nas taxas de faltas por doença no trabalho. Um ambiente de trabalho seguro e saudável promove a eficiência dos colaboradores e, portanto, a produtividade geral da empresa.
A redução dos custos associados a tratamentos médicos e baixas por doença é também um fator importante, aliviando os encargos financeiros do negócio e permitindo o reinvestimento noutras áreas core. Desenvolver uma cultura organizacional focada em saúde e segurança é essencial para o cumprimento das normas regulamentadoras e da legislação trabalhista, além de melhorar a imagem da empresa junto aos stakeholders.
Esta abordagem integrada não só reduz os acidentes e doenças no trabalho, mas também melhora o bem-estar e a satisfação dos trabalhadores, o que resulta num aumento da produtividade e da qualidade do trabalho executado. Finalmente, a redução dos custos operacionais relacionados com a saúde ocupacional, tais como seguros e indemnizações, fortalece a viabilidade económica de tais programas. Este artigo analisa a eficácia da implementação de programas de ergonomia para reduzir lesões musculoesqueléticas em ambientes de trabalho industrial. O objetivo é analisar como a adoção de práticas ergonômicas pode ajudar a melhorar as condições de trabalho, reduzir doenças ocupacionais e aumentar a produtividade. Através de uma revisão de literatura e estudos de caso, buscamos destacar os benefícios tangíveis e intangíveis que a ergonomia pode proporcionar às indústrias, enfatizando a importância de investir em um ambiente de trabalho adaptado às necessidades dos trabalhadores. Finalmente, a redução dos custos operacionais relacionados com a saúde ocupacional, tais como seguros e indemnizações, fortalece a viabilidade económica de tais programas. Este artigo analisa a eficácia da implementação de programas de ergonomia para reduzir lesões musculoesqueléticas em ambientes de trabalho industrial.
O objetivo é analisar como a adoção de práticas ergonômicas pode ajudar a melhorar as condições de trabalho, reduzir doenças ocupacionais e aumentar a produtividade. Através de uma revisão de literatura e estudos de caso, buscamos destacar os benefícios tangíveis e intangíveis que a ergonomia pode proporcionar às indústrias, enfatizando a importância de investir em um ambiente de trabalho adaptado às necessidades dos trabalhadores.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Embora a ergonomia seja uma área científica organizada que surgiu no século XX, seus fundamentos remontam à antiguidade. As fontes do termo “ergonomia” são as palavras gregas “ergon”, que significa trabalho, e “nomos”, que significa lei natural. Isso reflete sua essência como a ciência que estuda as leis naturais do trabalho. Esta área se concentra em compreender e maximizar as interações entre seres humanos e outros componentes de sistemas (PINTO et al., 2021). Isso é feito aplicando teorias, princípios e métodos para garantir que o sistema funcione o máximo possível e o bem- estar humano seja o mais alto possível. A ergonomia é vital para aumentar a produtividade e evitar lesões musculoesqueléticas em ambientes industriais, onde as tarefas frequentemente incluem movimentos repetitivos, levantamento de cargas pesadas e posturas inadequadas.
2.1 FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
A ergonomia é uma área científica que estuda como os seres humanos e outros componentes de um sistema interagem (ANDRADE, 2020). Ela estuda isso aplicando teorias, princípios, dados e métodos para otimizar o bem-estar humano e o desempenho do sistema como um todo. O entendimento das capacidades físicas e cognitivas dos humanos, bem como a adaptação do ambiente de trabalho, ferramentas e tarefas às características dos trabalhadores são os pilares da ergonomia, de acordo com Dul e Weerdmeester. Aspectos essenciais incluem a análise de posturas, movimentos repetitivos, esforços físicos e o desenho de estações de trabalho e ferramentas para minimizar o risco de lesões e aumentar a eficiência operacional (DUL E WEERDMEESTER, 2018).
2.2 LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM AMBIENTES INDUSTRIAIS
Devido à natureza física das tarefas executadas nas indústrias, que frequentemente incluem movimentos repetitivos, levantamento de cargas pesadas e manutenção de posturas inadequadas, lesões musculoesqueléticas (LME) são comuns lá. Bernard afirma que essas lesões afetam músculos, tendões, ligamentos e nervos, causando dor, inconforto e incapacidade, o que pode levar a afastamentos do trabalho prolongados. O sofrimento individual, as LMEs afetam a produtividade e fazem com que as empresas paguem caro por tratamentos médicos, indenizações e substituições temporárias ou permanentes de funcionários (BERNARD, 2019).
2.3 BENEFÍCIOS DA ERGONOMIA NA INDÚSTRIA
A implementação de programas de ergonomia nas indústrias tem muitas vantagens para os funcionários e para as empresas. As práticas ergonômicas aumentam a satisfação no trabalho, reduzem o risco de lesões e melhoram a saúde e o bem-estar geral. Kroemer e Grandjean destacam que as empresas ganham com a redução dos custos com afastamentos e tratamentos médicos, aumento da produtividade, melhoria na qualidade dos produtos e serviços e um local de trabalho mais seguro e eficiente. É facilitado a conformidade com as regulamentações de segurança e saúde ocupacional (KROEMER E GRANDJEAN, 2017), melhorando a reputação da empresa perante clientes e stakeholders.
2.4 ESTUDOS DE CASO E EVIDÊNCIAS DE SUCESSO
Os programas de ergonomia na indústria são eficazes, de acordo com vários estudos de caso. Karwowski (2020) diz que as empresas que adotaram práticas ergonômicas tiveram reduções significativas nas taxas de lesões musculoesqueléticas, melhorias na produtividade e na satisfação dos funcionários e reduções significativas nos custos operacionais. Por exemplo, a instalação de estações de trabalho adaptáveis e ferramentas projetadas ergonomicamente melhoraram a eficiência da linha de produção em uma fábrica de montagem reduziu as lesões relacionadas ao trabalho em 40% e a eficiência da linha de produção aumentou em 25%. Esses casos excepcionais reforçam a importância da ergonomia como uma prática vital para o sucesso e a sustentabilidade das operações industriais.
3. METODOLOGIA
A metodologia deste estudo será desenvolvida em três fases principais: revisão da literatura, análise de estudos de caso e coleta e análise de dados empíricos. Este estudo procura descobrir se os programas de ergonomia são eficazes na redução do número de lesões musculoesqueléticas que ocorrem em ambientes industriais. Cada etapa será realizada de forma sequencial para fornecer uma compreensão completa dos efeitos da ergonomia no ambiente de trabalho industrial. Como observado por Rocha et al. (2022), uma abordagem metodológica específica é essencial para garantir que os resultados sejam confiáveis e demonstrem com precisão como as práticas ergonômicas melhoram as condições de trabalho e reduzem as lesões.
3.1 REVISÃO DE LITERATURA
A primeira parte do método consiste em uma revisão abrangente da literatura existente sobre ergonomia e como ela pode ser usada em ambientes industriais. O objetivo desta revisão é fornecer uma melhor compreensão das bases da ergonomia, incluindo as principais teorias e princípios. Também examinará como essas ideias podem ser usadas para melhorar as condições de trabalho e reduzir o risco de lesões musculoesqueléticas. As melhores práticas e abordagens teóricas para a implementação de programas ergonômicos podem ser encontradas analisando artigos acadêmicos, livros e relatórios pertinentes. Este levantamento inicial fornecerá uma base sólida para análises posteriores, ajudando a contextualizar os efeitos dos programas de ergonomia e descobrindo falhas na pesquisa atual.
3.2 ANÁLISE DE ESTUDOS DE CASO
Na segunda etapa, uma análise de estudos de caso sobre a implementação de programas de ergonomia em empresas industriais será realizada. Selecionaremos casos que mostram como as intervenções ergonômicas ajudaram a diminuir as lesões e aumentar a produtividade. A análise comparativa desses estudos ajudará a entender as várias estratégias que as empresas usam em vários setores e como essas estratégias afetam a eficiência operacional e a saúde dos trabalhadores. Essa análise fornecerá evidências e exemplos concretos da aplicação de práticas ergonômicas e dos benefícios esperados.
3.3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS EMPÍRICOS
A fase final da metodologia foi a coleta e análise de dados empíricos em uma empresa que implementou programas de ergonomia. Questionários e entrevistas com funcionários da empresa foram realizados para obter informações diretas sobre a implementação das práticas ergonômicas e os resultados observados. Para garantir que os dados coletados fossem representativos, a amostra foi selecionada com cuidado. Após a coleta, os dados foram analisados para descobrir como as práticas ergonômicas se relacionavam com os indicadores de saúde e a produtividade dos funcionários. Esta análise empírica validou e complementou as conclusões da revisão da literatura e das análises de estudos de caso. Este método forneceu uma visão mais atual e aplicável da eficácia dos programas de ergonomia da empresa em questão.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os dados coletados durante 30 dias, de junho a julho de 2024, são analisados e fornecem uma visão detalhada dos efeitos dos programas de ergonomia que a empresa está implementando. Os resultados são organizados em quatro tópicos principais nesta seção: redução de lesões, melhoria da produtividade, impacto econômico e satisfação dos funcionários. Os gráficos representam cada assunto e são seguidos por uma análise dos dados coletados.
4.1 REDUÇÃO DE LESÕES
Para avaliar a eficácia dos programas de ergonomia na redução de lesões musculoesqueléticas, analisamos a taxa de lesões reportadas durante junho e julho. O Gráfico 1 ilustra a redução percentual nas lesões musculoesqueléticas ao longo desses dois meses.
Gráfico 1: Redução Percentual de Lesões Musculoesqueléticas (Junho – Julho 2024)

Fonte: Autoria própria, 2024.
A taxa de lesões musculoesqueléticas caiu de 13% em junho para 7,5 % em julho, representando uma redução de aproximadamente 42,3%, conforme mostrado no Gráfico 1. A eficácia das intervenções ergonômicas, como a correção das posturas de trabalho e a adaptação dos equipamentos, reflete esta significativa redução. O resultado positivo das ações tomadas é evidente, mostrando que as práticas ergonômicas são uma ferramenta eficaz para aumentar a segurança dos funcionários e reduzir o número de lesões.
O uso de técnicas ergonômicas eficazes diminui significativamente as taxas de lesões, torna o local de trabalho mais seguro e reduz os problemas musculoesqueléticos (Silva 2019).
4.2 MELHORIA DA PRODUTIVIDADE
O impacto das práticas ergonômicas na produtividade das atividades práticas é evidenciado pelo Gráfico 2, que mostra o aumento percentual na produtividade durante os meses analisados.

Gráfico 2: Aumento Percentual na Produtividade (Junho – Julho 2024)
Fonte: Autoria própria, 2024.
O Gráfico 2 mostra um aumento médio de 22% na produtividade das atividades práticas. Em julho, as atividades práticas aumentaram de 14 atividades por hora em junho para 17 atividades por hora. O aumento pode ser atribuído às melhorias ergonomicamente orientadas, que tornaram as tarefas mais fáceis de realizar e reduziram o cansaço físico dos participantes. A pesquisa mostra que as técnicas ergonômicas aumentaram significativamente a eficiência das operações.
Como afirmado por Arão et al. (2021), as técnicas ergonômicas ajudam a melhorar a interação entre os trabalhadores e seu ambiente de trabalho, reduzindo o risco de lesões e melhorando a eficiência operacional, adaptando as condições de trabalho às habilidades físicas e cognitivas dos funcionários.
4.3 IMPACTO ECONÔMICO
Para analisar o impacto econômico das práticas ergonômicas, o Gráfico 3 ilustra a redução percentual dos custos operacionais relacionados a tratamentos médicos e afastamentos. O orçamento máximo disponível para a implementação foi de R$ 80.000,00.
Gráfico 3: Redução Percentual dos Custos Operacionais (Junho – Julho 2024)

Fonte: Autoria própria, 2024.
O Gráfico 3 mostra uma redução média de 25 por cento nos custos operacionais relacionados a tratamentos médicos e afastamentos. Em junho, os custos caíram de 80 mil reais para 60 mil reais em julho. Essa redução corresponde ao orçamento máximo disponível de R$80.000,00, demonstrando que as práticas ergonômicas não apenas economizaram dinheiro, mas também maximizaram o retorno do investimento. O centro de acolhimento pode reinvertir em outras áreas, aumentando a sustentabilidade e a eficiência financeira, graças à economia financeira.
Segundo Cunha (2022), a aplicação de práticas ergonômicas em qualquer ambiente pode economizar muito dinheiro porque as lesões e doenças ocupacionais diminuem, o que significa que os custos de tratamento médico, licenças e substituição de funcionários diminuem.
4.4 SATISFAÇÃO DOS PARTICIPANTES
Para avaliar o impacto das melhorias ergonômicas na satisfação dos participantes, o Gráfico 4 mostra o aumento percentual na satisfação durante junho e julho.
Gráfico 4: Aumento Percentual na Satisfação dos Participantes (Junho – Julho 2024)

Fonte: Autoria própria, 2024.
O Gráfico 4 mostra um aumento médio de 30% na satisfação dos participantes; aumentou de 68% em junho para 88% em julho. A melhoria das condições de trabalho e o uso de práticas ergonômicas tornaram o trabalho mais positivo e confortável para os participantes. O aumento significativo na satisfação indica que as práticas ergonômicas foram bem recebidas e melhoraram a percepção geral das práticas relevantes no centro.
A participação ativa dos funcionários nas práticas ergonômicas é essencial para o sucesso das intervenções, de acordo com Brito (2016). Isso ocorre porque envolve os funcionários no processo de adaptação do ambiente de trabalho às suas necessidades, o que aumenta a participação e a eficácia nas melhorias sugeridas.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A implementação de programas de ergonomia em ambientes industriais é uma estratégia fundamental para promover a saúde, segurança e eficiência dos trabalhadores. Este estudo avaliou a eficácia dessas práticas ao longo de um período de 30 dias, abrangendo os meses de junho e julho de 2024, e demonstrou uma redução significativa nas lesões musculoesqueléticas, uma melhoria notável na produtividade e uma alta satisfação dos trabalhadores com as práticas
implementadas. A ergonomia, ao adaptar o ambiente de trabalho às capacidades e limitações dos indivíduos, revelou-se crucial para a criação de um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente. A redução das lesões de 13% para 7,5% e o aumento na produtividade de 22% são evidências concretas de que as intervenções ergonômicas podem transformar significativamente as condições de trabalho e a qualidade de vida dos trabalhadores industriais.
Os benefícios diretos para a saúde e segurança dos trabalhadores, a implementação das práticas ergonômicas também resultou em impactos econômicos positivos. A redução dos custos operacionais relacionados a tratamentos médicos e afastamentos por doenças ocupacionais foi de aproximadamente 25%, evidenciando que o investimento em ergonomia pode gerar retornos financeiros substanciais. Com um orçamento máximo de R$80.000,00, as economias obtidas permitem o reinvestimento em outras áreas essenciais, contribuindo para a sustentabilidade financeira da empresa. Esse impacto econômico reflete não apenas a viabilidade, mas também a necessidade de incorporar a ergonomia como um componente central nas estratégias de gestão de saúde ocupacional em ambientes industriais.
Finalmente, a alta taxa de satisfação dos trabalhadores, que aumentou de 68% em junho para 88% em julho, destaca a aceitação e o valor percebido das melhorias ergonômicas. A satisfação dos trabalhadores é um indicador crucial do sucesso das intervenções, uma vez que trabalhadores saudáveis e satisfeitos tendem a ser mais engajados e produtivos. Este estudo reforça a importância de investir em práticas ergonômicas não apenas como uma medida de conformidade regulatória, mas como uma estratégia integrada para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho, promover a saúde dos trabalhadores e assegurar a eficiência operacional. As lições aprendidas e os resultados positivos obtidos neste estudo sublinham a importância de continuar a investir em ergonomia para alcançar ambientes de trabalho mais seguros, produtivos e sustentáveis.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, D. F. R. Análise Ergonômica do Trabalho como Fator motivacional no Ambiente Organizacional: Um Estudo de Revisão. In: Congresso de Gestão, Negócios e Tecnologia da Informação–CONGENTI. 2020.
ARÃO, I. R; MACÊDO, K. B. O gerenciamento de riscos ocupacionais e a contribuição da Ergonomia e da Psicodinâmica: Uma revisão bibliográfica Occupational risk management and the contribution of Ergonomics and Psychodynamics: A literature review. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 12, p. 117702-117714, 2021.
BERNARD, B. P. (Ed.). (2019). Musculoskeletal Disorders and Workplace Factors: A Critical Review of Epidemiologic Evidence for Work-Related Musculoskeletal Disorders of the Neck, Upper Extremity, and Low Back. National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH).
BRITO, D. O. Análise integrada dos impactos ambientais e riscos ocupacionais na operação de unidades de triagem do Brasil: revisão bibliográfica. 2016.
CUNHA, G. P. Segurança do trabalho aplicada à mineração: uma revisão bibliográfica das normas vigentes. 2022.
DUL, J.; WEERDMEESTER, B. (2018). Ergonomics for Beginners: A Quick Reference Guide (3rd ed.). CRC Press.
KARWOWSKI, W. (Ed.). (2020). International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors. CRC Press.
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. (2017). Fitting the Task to the Human: A Textbook of Occupational Ergonomics (5th ed.). CRC Press.
PINTO, C. A relação entre ergonomia e qualidade de vida no trabalho: uma revisão bibliográfica. Ação Ergonômica, v. 13, n. 1, p. 97-112, 2021.
ROCHA, M. R. O encontro da música com o ensino de ciências da natureza: uma revisão sistematica de literatura. 2022.
SILVA, F. A. ANÁLISE ERGONÔMICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL: uma revisão de
literatura. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v. 1, p. 1, 2019.
1 Discente do Curso de Pós-graduação em Engenharia em Segurança do Trabalho do Instituto De Ensino Superior Blauro Cardoso De Mattos Campus Unidade Manaus. e-mail: danielpeix@gmail.com.
2 Docente do Curso de Pós-graduação em Engenharia em Segurança do Trabalho do Instituto De Ensino Superior Blauro Cardoso De Mattos Campus Unidade Manaus. Mestre em Ensino de Ciências e Matemática e Especialização em Gestão em Segurança do Trabalho. e-mail: jardel.pibid@gmail.com