Laionel Correa da Silva Araújo
Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso De Mattos – Faserra
ABSTRACT
The construction sector is an area in which workers are exposed to different types of risks, including ergonomic risks. In this sense, this article aims to explore, in the format of a bibliographical review and case study, the relationship and importance between employees in the construction sector and Regulatory Standard 17, which provides for the requirements and guidelines in relation to adaptation from working conditions to the psychophysiological characteristics of employees. Ergonomic analysis in construction is essential to ensure the health and safety of workers, who often perform tasks that require great physical effort, such as lifting and transporting heavy materials, working in uncomfortable positions and performing repetitive movements. This study involves evaluating working conditions to identify and minimize ergonomic risks, such as inadequate postures, repetitive movements and excessive efforts.
Keywords: Civil Construction; Ergonomics; Regulatory Standard 17
RESUMO
O setor da construção civil é uma área em que os trabalhadores estão expostos a diferentes tipos de riscos, entre eles, encontra-se o risco ergonômico. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo explorar, em formato de revisão bibliográfica e estudo de caso, a relação e importância entre os colaboradores inseridos no setor da construção e a Norma Regulamentadora 17, que dispõe sobre os requisitos e diretrizes em relação a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos colaboradores. A análise ergonômica na construção civil é essencial para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, que frequentemente realizam tarefas que exigem grande esforço físico, como levantar e transportar materiais pesados, trabalhar em posições desconfortáveis e realizar movimentos repetitivos. Este estudo envolve a avaliação das condições de trabalho para identificar e minimizar os riscos ergonômicos, como posturas inadequadas, movimentos repetitivos e esforços excessivos.
Palavras-chave: construção civil; ergonomia; norma regulamentadora 17.
INTRODUÇÃO
A ergonomia na construção civil é um aspecto crucial para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores no canteiro de obras. A utilização da ergonomia como ferramenta de estudos visando a melhoria da qualidade de serviços é um grande desafio. A dificuldade da aplicação de resultados, face ao nível de diversidade de tarefas, a precariedade e improvisação encontrados dentro do ambiente de trabalho da construção civil são obstáculos ao desenvolvimento de idéias e planos para o alcance na qualidade de serviços e produtos. A obtenção da qualidade significa para as empresas a sua sobrevivência num mercado cada vez mais exigente e competitivo. A melhoria das condições de trabalho é um fator significativo para alcançar-se bons níveis de qualidade e produtividade. É importante analisar quais fatores do ambiente de trabalho que determinam o baixo índice de produtividade e qualidade, procurando propor soluções que amenizem as cargas de trabalho. Com isto pretende-se preservar a saúde do trabalhador, deixando apto a produzir com mais eficiência a sua tarefa. Este estudo pretende mostrar a importância da introdução dos conceitos ergonômicos no setor da construção civil, procurando mostrar a forte ligação existente entre a melhoria das condições de trabalho e os objetivos da qualidade: redução de custos, aumento da produtividade e melhoria o produto final.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 NR 17- Ergonomia
No Brasil, Normas Regulamentadoras (NRs) foram criadas visando à segurança e medicina do trabalho. Todas as atividades laborais em órgãos, públicos e privados, devem estar de cumprimento com essas normas, pois, caso contrário, o empregador receberá penalidades previstas na legislação pertinente (MTE, 2020).
Segundo mauro et al. (2004):
“Os estudos sobre os riscos ocupacionais apontam que, quando eles não são submetidos a controle, levam ao aparecimento de acidentes e doenças profissionais e do trabalho. O ministério do trabalho, através das NR, visa eliminar ou controlar tais riscos ocupacionais. São 32 NRs direcionadas para trabalhador urbano, das quais foram selecionadas algumas de relevância para o trabalhador de saúde”.
Entre as normas existentes, a NR 17 trata especificamente da ergonomia. Segundo a Portaria MTb nº 3.214 de 1978, a NR 17 “visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente” (BRASIL, 1978).
O conjunto das normas objetiva o conforto, segurança e desempenho eficiente dos trabalhadores sob condições de trabalho, que incluem, dentre outros aspectos, o levantamento, transporte e descarga de materiais (BRASIL, 1978) procedimentos constantemente utilizados na engenharia civil.
2.2 ANÁLISE ERGONÔMICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
O setor da construção civil pela sua capacidade de gerar empregos diretos e indiretos é de grande importância econômica para o país, no entanto, ela apresenta sérios problemas em relação às condições de trabalho dos operários, baixa qualificação e altos índices de acidentes. É importante lembrar que o trabalho deve ser adaptado ao homem e não o contrário e que, é só através do diagnóstico encontrado na análise de uma atividade do trabalhador em seu posto de trabalho que é possível atingir mais rapidamente, de forma mais segura e a um menor custo, os objetivos visados em termos da melhoria das condições de trabalho e, sobretudo, em termos operacionais: confiabilidade, qualidade e produtividade.
Para garantir a segurança do trabalho, deve-se voltar à atenção especial para a prevenção de acidentes e higiene do trabalho.
2.2.1 ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO
A organização do canteiro é um dos pontos básicos para se iniciar uma análise ergonômica de uma obra de construção civil, por isso, a cada dia que passa se torna mais importante definir a localização de cada elemento e das centrais de produção, atentando para o fluxo de materiais e pessoas e para as condições de higiene e segurança do canteiro.
Como estabelecido pela NR 18, o canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desimpedido, principalmente nas vias de circulação, passagens e escadarias. O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regularmente coletados e removidos. Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos.
A falta de preparação do trabalho geralmente acarreta falhas no planejamento e na programação da obra. Para que ambos sejam eficazes, deve-se preparar o posto de trabalho para atender a requisitos essenciais a limpeza do local, a eliminação de interferências, o fornecimento de ferramentas, materiais e equipamentos na quantidade adequada e no tempo correto, etc.
2.2.2 CONDIÇÕES AMBIENTES
Na construção civil encontramos um ambiente hostil e o trabalho se desenvolve sob influência de agentes físicos e químicos, tais como: calor, vibrações, ruídos e poeira. Os efeitos desses agentes são fatores determinantes da velhice e doença profissional dos operários. O tratamento desse ambiente de trabalho, ou seja, a adoção de medidas que minimizem o desconforto do operário quando em atividade, é muito difícil pois ele é provisório, e os materiais utilizados produzem muita poeira e sujeira.
2.3 SEGURANÇA DO TRABALHO
O setor da construção civil é o que apresenta os índices mais elevados de acidentes de trabalho, tendo estes as mais diversas causas, como: falta de planejamento adequado; utilização inadequada de materiais e equipamentos; erros na execução; falta de informação e motivação; alta rotatividade de mão-de-obra; más condições de trabalho nos canteiros; terceirização indevidamente realizada, treinamento precário, ausência e uso incorreto de equipamentos de proteção.
Deve-se focalizar as atenções na prevenção de acidentes e higiene do trabalho para evitar o afastamento temporário do operário e o efeito psicológico do mesmo sobre os companheiros. A questão da segurança deve constar no planejamento de qualquer item referente á organização da obra.
O mínimo que as empresas devem fazer é seguir a Norma Regulamentadora do Trabalho (NR-18 – Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção) que estabelece diretrizes, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
3. ESTUDO DE CASO
3.1 objetivo
Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise ergonômica em um canteiro de obras, observando os aspectos relacionados ao trabalho que interferem na saúde, no conforto e na satisfação do operário. Inicialmente foram analisados aspectos gerais referentes às condições de trabalho no canteiro específico, sendo observados vários fatores como: o meio ambiente físico, as instalações dos operários, a organização do canteiro e aspectos relacionados a segurança do trabalho. No segundo momento, foi analisado o posto de trabalho do pedreiro de alvenaria. As técnicas de análise empregadas foram observações sistemáticas, registro das diversas situações em fotografias e entrevistas informais com as pessoas envolvidas.
3.2 Descrição do Canteiro de Obras
O estudo de caso foi realizado em uma obra de construção de um prédio comercial localizado na cidade de Manaus-AM. O prédio é composto por térreo e 2 pavimentos superiores, com uma área total construída de 440,00m². Para a execução dos serviços foi contratado uma construtora e responsável técnico. O canteiro de uma forma geral se encontra organizado, posto que sua implantação foi prevista antes do início da obra e a disposição dos diversos elementos foi determinada no PCMAT (Programa de Condições do Meio Ambiente do Trabalho). Com relação a movimentação dos materiais, a empresa utiliza o sistema de içamento por roldanas e cabos de aço, pois este sistema facilita o transporte e diminui o esforço de mão de obra, para o transporte vertical. No que diz respeito ao ambiente físico de trabalho: qualidade do ar, ambiente acústico, térmico e lumínico; esta obra não se diferencia muito das outras, ou seja, o ambiente é agressivo ao operário, com grande nível de ruídos e alguns postos de trabalho estão sujeitos à ação do sol, calor e chuva. Por ser uma obra de construção de um prédio, um grande problema apresentado é quanto a movimentação de ar que é muito forte e faz levantar muita poeira.
4. ESTUDO DO POSTO DE TRABALHO, FUNÇÃO PEDREIRO DE ALVENARIA
4.1 DESCRIÇÃO DO POSTO DE TRABALHO
Na obra em estudo, a execução da alvenaria de vedação é feita por pavimentos, se restringindo basicamente à vedação externa. A equipe de alvenaria consiste, de 4 (quatro) pedreiros, 3 (três) ajudantes e 1 (um) betoneirista. A obra possui, além do mestre de obras, um responsável técnico Engenheiro Civil. No início dos serviços, é montada a unidade de produção, nela estarão localizados todos os recursos e equipamentos necessários para a execução da alvenaria, estes estavam dispostos de forma que não houvesse problemas com relação à circulação e grandes deslocamentos. Para transporte vertical utiliza-se as roldanas e polias, e para o horizontal, carrinhos portapallets, carrinhos de mão e carrinhos porta-masseira. A conclusão do serviço em questão, se dá em torno de duas semanas e quando concluído, todos os equipamentos necessários são transferidos para o almoxarifado.
4.2 DESCRIÇÃO DA EXECUÇÃO DA ALVENARIA
O colaborador na função de pedreiro, recebe a informação do mestre de obras sobre a área que vai trabalhar e qual a quantidade de trabalho que ele deve executar. A forma de execução do serviço já é conhecida do colaborador. A informação com relação à característica do ambiente em que ele vai construir é dada pelo mestre de obras através da leitura do projeto executivo, este último indica a posição dos tijolos, espessura de juntas ou qualquer outra informação adicional necessária de forma a dar ao colaborador a noção de como ele deve executar a alvenaria.
Não existe uma norma por escrito, que defina os passos de como executar uma tarefa de assentamento de alvenaria. Normalmente, o pedreiro, no seu dia a dia procede de acordo com sua experiência prática, obedecendo alguns requisitos, tais como: parede a prumo; início pelas paredes externas; uniformidade das juntas; início do levantamento pelos cantos e colocação da linha guia. Dadas a característica de imobilidade da construção civil, o posto de trabalho é que é móvel, tendo que percorrer todos os locais da obra, por mais inacessíveis que sejam. Como não existe formalmente um processo de treinamento dos pedreiros, cabe ao engenheiro responsável da execução da obra, organizar e verificar o correto uso dos insumos. Os principais parâmetros a serem observados na execução das alvenarias são:
a) exatidão na locação das paredes;
b) precisão no alinhamento, nivelamento e prumo;
c) regularidade no assentamento das unidades;
d) preenchimento e regularidade das juntas de argamassa e;
e) coordenação na armação dos tijolos.
4.3 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO
As condições ambientais do posto de trabalho variam muito conforme a localização no pavimento e as características do projeto, exigindo uma adaptação frequente do organismo às variações da temperatura, de iluminação e do nível de pressão sonora, entre outras coisas. O nível de iluminação natural varia conforme a localização do ambiente que está sendo trabalhado. Os contrastes lumínicos em alguns pontos prejudicam a percepção visual do serviço que está sendo executado. Poia sofrem alterações, de acordo com a fase de execução dos serviços no pavimento, no início há um alto nível de iluminação que vai diminuindo a medida que as paredes vão sendo levantadas. O nível de pressão sonora é alto, ele é decorrente da presença de diversas fontes de ruído provocados por serviços adjacentes ao local de trabalho, isto é, serviços tais como: produção de argamassa (betoneira), corte de blocos de concreto (usados nas paredes), além de diversos outros tipos de ruídos produzidos em toda a obra. A variação térmica, conforme as condições climáticas, prejudica quando a temperatura é elevada, haja visto, que a atividade demanda um gasto energético muito grande. A movimentação de ar (ventos), quando muito forte, é prejudicial, pois levanta a poeira existente no ambiente de trabalho, e causando transtornos ao trabalhador. Concluindo, os ambientes da construção civil, até por sua característica produtiva, não atendem às necessidades ambientais com relação ao mínimo de conforto, quer seja térmico, acústico ou de iluminação, para a execução da alvenaria. O tratamento desse ambiente de trabalho, ou seja, a adoção de medidas que minimizem o desconforto do operário quando em atividade, é muito difícil, pois ele é provisório, e os materiais utilizados produzem muita poeira e sujeira. A circulação de materiais e de pessoas é dificultada. A locação dos equipamentos auxiliares para a execução da tarefa também está a cargo do operário que tem que gerenciá-los segundo sua necessidade no trabalho. Quanto às condições de segurança no trabalho, o contato das mãos com a argamassa exige o uso de luvas, a falta pode provocar alergia ou ponto de desgaste por abrasão decorrente do manuseio de tijolos e argamassas. Os pés também merecem atenção: a possibilidade de quedas de objetos e o risco de acidentes em entulhos acarretam danos quando o calçado é inadequado. No canteiro observou-se apenas o uso de botas e capacete, não ocorrendo o uso de luvas. Com relação a segurança, ressaltamos o fato do operário trabalhando no extremo do prédio, executando a elevação das fachadas sem a utilização de equipamentos que evitem uma possível queda para fora da edificação.
4.4 ESTUDO DA EXECUÇÃO DO SERVIÇO
No canteiro, o acesso e deslocamento ao posto de trabalho, de uma forma geral, possuem condições satisfatórias, este acesso pode ser feito através da escada. O afastamento dos materiais não apresenta maiores problemas, já que se encontram todos no pavimento e consequentemente próximos ao local de trabalho. Durante o processo de execução da alvenaria, a mão-de-obra resume-se basicamente, no emprego de pedreiro e ajudantes. Normalmente, os tempos produtivos são muito baixos, o transporte e deslocamentos ocupam grande percentagem do tempo de trabalho. Devemos também considerar várias paradas para recuperação de energia, espera de material ou atividades auxiliares que diminuem a produtividade como corte de blocos, marcação e prumo. As posturas assumidas no trabalho refletem-se nos problemas de saúde e nas queixas constantes de dores lombares. Os pedreiros não recebem treinamento ou orientação para adoção de posturas corretas na execução das atividades. A altura dos materiais é um fator que gera várias situações desfavoráveis. A principal refere-se à caixa de argamassa que se encontra ao nível dos pés, outra importante consideração é com relação aos tijolos, à medida que a parede é executada, a pilha de tijolos diminui e sua altura vai se tornando mínima enquanto a altura da parede se torna máxima. Os pallets são distribuídos nos cantos do pavimento de modo que os tijolos fiquem próximos às paredes a serem levantadas. Posteriormente são empilhados, a critério do servente, em estoque provisório para levantamento das paredes seguintes. Como instrumento de trabalho, o pedreiro utiliza, sobretudo, ferramentas manuais tais como: colher, nível, prumo, linha, metro. Os equipamentos auxiliares mais utilizados são: andaimes metálicos e caixotes para argamassa. Os materiais são fornecidos pela construtora em quantidade suficiente e normalmente possuem fácil acesso. Há de se ressaltar que as masseiras os andaimes tornam-se pesados e difíceis de serem movimentados por uma só pessoa.
4.5 RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO DO SERVIÇO
Tendo em vista que com a implantação das seguintes recomendações seja possível, para obter melhorias sensíveis para os colaboradores (sem grandes gastos para a empresa) com aumento de produtividade na obra:
- Porta masseira de altura regulável, mantida sempre na altura da cintura do trabalhador, evitando o contínuo abaixar e levantar (movimentos curvados) para alcançar a argamassa a cada tijolo assentado;
- Utilização de uma bancada para apoiar os tijolos e a caixa de argamassa, de modo que o pedreiro, em pé e sem se curvar, possa apanhar o tijolo com a mão e a argamassa com a colher, curvando-se apenas para assentar o tijolo nas fiadas mais baixas, quando esta situação se torna inevitável. Para tanto, deve ser analisado o conjunto de medidas antropométricas dos operários, a fim de se verificar se apresentam grandes desvios em relação à média. Com a adoção da bancada, alguns passos da tarefa são melhorados em termos de posturas necessárias à sua execução;
- Cordas de proteção sinalizadas em volta do pavimento superior onde a alvenaria ainda não foi executada;
- Coordenação eficiente do abastecimento do pedreiro para evitar o alto índice de deslocamentos e transportes, os materiais devem estar o mais a mão possível;
- Implantação de sistema permanente de treinamento e instrução no canteiro de obra, viabilizando a aquisição de constantes melhorias e maior percepção de qualidade e segurança de vida ao pedreiro do posto de trabalho de assentamento de alvenaria;
- Melhorar fatores motivacionais relacionados a satisfação do trabalho (crescimento, reconhecimento, maior responsabilidade, participação em decisões) e fatores de higiene relacionados à insatisfação do trabalho (condições de trabalho, salários, relação com chefia e política da empresa);
- Cursos com alfabetização e noções básicas sobre leituras de plantas;
- Fiscalização e obrigação do uso de equipamentos de segurança pessoal;
- Desenvolvimento da técnica operativa básica na forma de organização do posto de trabalho, nos movimentos do corpo e das mãos, na raspagem da argamassa e faceados das alvenarias, na diminuição de toques e movimentação dos tijolos quando já assentados e na adequação da trabalhabilidade da massa;
- Orientações sobre adoção de posturas corretas;
5. CONCLUSÕES
No passado, o termo ergonomia era utilizado somente para esforços físicos, entretanto, atualmente ele também é aplicado para esforços e desgastes psicológicos. É necessário fazer o reconhecimento das questões ergonômicas desde a fase inicial para arquitetar o local de trabalho, pois com isso, há maior garantia de seu sucesso. Levar conhecimento sobre os riscos ergonômicos aos funcionários através de treinamentos permite que eles obtenham maior conscientização e executem suas tarefas de maneira adequada. Ter um planejamento ergonômico faz com que a empresa gere maior economia, pois, ao amenizar sobrecargas físicas e psíquicas, evita-se afastamentos e perdas de produtividade.
No canteiro estudado, a análise ergonômica permitiu perceber a influência dos fatores ambientais, organização do trabalho e do canteiro, segurança do trabalho sobre a saúde e bem-estar dos colaboradres. Muitas das situações de trabalho observadas são inevitáveis e imutáveis, não havendo outra maneira de se executar o serviço. Nestes casos, quando possível, deve-se buscar soluções que amenizem seus prejuízos sobre o trabalhador, entre estas soluções podemos citar inovações tecnológicas como novos equipamentos ou uma nova organização do trabalho. As adaptações de cada posto de trabalho serão específicas, determinadas por suas próprias particularidades. No entanto, a adaptação do trabalho ao homem só será possível com a ação conjunta entre empregadores e empregados, governo e sindicatos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras . Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978.
MAURO, M. Y. C., MUZI, C. D.; GUIMARÃES, R. M.; MAURO, C. C. C. Riscos ocupacionais em saúde. R. Enferm, v. 12, p. 338-345, 2004.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE) – Normas Regulamentadoras (português). 2020. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs. Acesso em: 12 jul. 2024.